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Dokdo foi o primeiro território coreano a ser vítima da agressão japonesa

05. “Cheonmmangjeondo (Contemplando o caminho à frente)”, Daehan Maeil Shinbo (6 de novembro de 1905)

  • 대한매일신보

Daehan Maeil Shinbo

“Cheonmmangjeondo (Contemplando o caminho à frente)”, Daehan Maeil Shinbo (6 de novembro de 1905)

[Tradução]

Editorial
“Cheonmmangjeondo (Contemplando o caminho à frente)”
Julgando pelo fato de que o Imperador japonês mandou uma mensagem de apreço pelo serviço prestado pelo Ministro Diplomático do Japão, Hayashi, em relação à publicação semioficial do Tratado de Restrição de Eulsa, não há como não suspeitar e não nos preocuparmos que isso seja um indício de que o Japão insistirá sobre a legitimidade do tratado e o implementará rapidamente sem se preocupar com a ratificação do Imperador da Coreia. Como já foi publicado anteriormente, nenhum país, exceto o Japão, aceitará o tratado e a maneira como ele foi firmado.
O Japão fará o máximo para assumir a posição de protetor baseado em precedentes de outros casos pelo mundo. Porém, é preciso levar em conta que o governador-geral da Irlanda não passa de um mero representante e não há diferença alguma em sua função em relação à de Ito. Os japoneses, que sempre procuraram o apoio do governo em seus projetos, pressionaram para a conclusão deste tratado. Todos eles procuram privilégios na Coreia. O Japão será incapaz de tratar os coreanos de maneira justa, e muito menos se espera que contratos justos serão apresentados. As intenções dos japoneses serão atípicas e o novo Residente-Geral não será capaz de evitar sofrimentos e contratempos.
Seria impossível para o Japão intrometer-se nos assuntos domésticos da Coreia de uma hora para a outra, mas baseado no tratado, certamente há intenções de intervenção quando julgarem necessário. Quando este dia chegar, outros países também considerarão a oportunidade propícia para obter concessões da Coreia. Se o Japão deseja evitar tal catástrofe, tratar os coreanos de maneira gentil e justa seria uma política prudente a adotar. Entretanto, como já previsto através de profunda reflexão, não haverá como essa política moderada ser aceita pelo seu próprio povo. O Japão não deve esperar o apoio do povo coreano. Caso a recente amargura do nosso povo se agrave, a mais generosa e benévola política vinda do Japão enfrentará oposição e receio.
Estamos longe de conhecer a paz perpétua no mundo e tampouco podemos esperar que isso aconteça imediatamente. Além disso, é de se esperar uma outra guerra nos próximos dez anos devido às consequências da guerra* que acaba de terminar. Não se deve esquecer que na guerra passada, o Japão se comunicou facilmente com as suas forças expedicionárias graças à generosidade da Coreia, com quem forjou uma aliança. Porém, diante da atual conjuntura, estou quase certo que o povo coreano estará mais feliz do que nunca em pôr os japoneses para fora da Coreia.

*Guerra Russo-Japonesa (1904-1905)

[Texto original]

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