No decorrer de um projeto de cadastro de terras durante o período Meiji, o Ministério da Administração Interna enviou "um Inquérito sobre Takeshima [Ulleungdo] e uma outra ilha [Dokdo] no Mar do Leste em relação ao Projeto de Cadastro de Terras" ao Dajokan (Grande Conselho de Estado), o órgão máximo do Japão na época. O Ministério da Administração Interna queria determinar se as referidas ilhas seriam incluídas no projeto.
O Dajokan concluiu que Ulleungdo e Dokdo não pertenciam ao Japão na sequência das negociações diplomáticas entre o xogunato Edo e o governo de Joseon (coreano) (a Disputa Ulleungdo). O Dajokan emitiu, então, uma diretriz para o Ministério da Administração Interna em março de 1877. A diretriz se refere: " A respeito de Takeshima [Ulleungdo] e uma outra ilha [Dokdo] sobre os quais um inquérito foi submetido, fique claro que Takeshima (Ulleungdo) e a outra ilha (Dokdo) não tem relação nenhuma com o nosso país (Japão)." Esta é a ordem de Dajokan de 1877.
Junto com sua nota de inquérito, o Ministério da Administração Interna enviou Isotakeshima Ryakuzu (Mapa Simplificado de Takeshima (Ulleungdo) – o Japão costumava referir Ulleungdo como Isotakeshima) como referência. Desde que Takeshima (Ulleungdo) e Matsushima (Dokdo) aparecem no mapa, é evidente que Dokdo é a "outra ilha", referida na frase "Takeshima [Ulleungdo] e uma outra ilha" na Ordem de Dajokan de 1877
A Ordem de Dajokan de 1877 demonstra claramente o entendimento do governo japonês de que o estado de Ulleungdo e Dokdo havia sido confirmado pela conclusão da Disputa Ulleungdo entre o xogunato Edo e o governo de Joseon no século 17.
A Ordem também menciona em "Chosenkoku Kosai Shimatsu Naitansho” (Relatório sobre Interações no Passado com Joseon) "como Takeshima [Ulleungdo] e Matsushima [Dokdo] estão sob a jurisdição de Joseon". Este relatório, elaborado por Hakubo Sada e uma equipe de oficiais com base em sua pesquisa sobre Joseon, foi apresentado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros em 1870, sete anos antes da Ordem de Dajokan de 1877. Isso revela o fato de que o então Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês do então considerava as duas ilhas como territórios de Joseon.